Sabrina Haj Mussi é Designer de Serviços, fundadora da Algo Aí e inovadora em artes e robôs. Integrando Arte, Design e Tecnologia para Experiências com Inteligência Artificial, Sabrina atua no desenvolvimento de aplicações de IA com Humanidade Aumentada. Encontre-a no Instagram @arts_and_robots para acompanhar suas ideias e insights e no site https://algoai.ltda descubra mais sobre Experiências de IA Humana.
Apaixonada por IA centrada no humano e abordando questões éticas e sociais para experiências com tecnologias avançadas, ela narra a sua aventura na Era da Inteligência Artificial através de narrativas de Design Fiction em parceria com o ilustrador Vinicius Barth.
Design Fiction é uma abordagem que utiliza a ficção para explorar e prototipar cenários futuros, ajudando a prever e entender as possíveis implicações das tecnologias emergentes. Estudando esses cenários, é possível antecipar desafios e oportunidades, permitindo um planejamento mais consciente e ético.
Vivemos nossas vidas baseadas em valores e crenças, não de acordo com dados e algoritmos. A Inteligência Artificial pode aprender a ler e compreender nossa sociedade, mas seria capaz de ter compaixão ou empatia?
Embarque nessa jornada em um cenário futuro distópico, baseado em tendências atuais, onde a tecnologia e a humanidade se entrelaçam, explorando questões de vulnerabilidade e como a Inteligência Artificial pode ser uma aliada mesmo em um mundo de devastação.
Bem-vindos ao Vale do Eclipse
Caros Viajantes,
o Vale do Eclipse é o coração de um território agora dominado pelos Desumanos. Este vale, outrora um símbolo de esperança e progresso, tornou-se o epicentro de um cenário distópico devastador. Estamos em 2028, uma Era onde as máquinas podem agir perfeitamente como humanos, mas algo deu errado quando a humanidade passou a ser negligenciada em prol de avanços tecnológicos. O que era para ser um triunfo da inovação transformou-se em caos, corroendo os pilares da nossa sociedade.
Orientação para a Viagem
A jornada em direção ao Vale do Eclipse é uma busca não apenas pela sobrevivência, mas pela recuperação do que nos torna verdadeiramente humanos. O objetivo da nossa missão é encontrar e recuperar algo como um antídoto que pode reverter os efeitos da Desumanidade. Ele está escondido no coração do vale, em um local protegido por camadas de enigmas e guardiões. Vamos juntos, enfrentar este desafio e lutar por um futuro onde a tecnologia e a humanidade coexistam em harmonia.
Boa sorte, viajantes.
A Equipe do Refúgio do Viajante
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Como Chegamos ao Vale do Eclipse
Um Paralelo com a Sociedade Atual
“Algo deu errado” é aquela mensagem padrão de erro que você provavelmente já viu em aplicativos ou programas de computador, onde para resolver o problema basta tentar novamente. Mas o que aconteceria se os erros do mundo online impactassem diretamente nosso mundo real?
Por décadas, treinamos os algoritmos a cada interação no mundo digital. Ao usar aplicativos em nosso dia a dia, mediando todas as esferas da vida, contribuímos com dados valiosos que moldaram a Inteligência Artificial. As ferramentas digitais prometiam tornar nossas vidas mais fáceis, conectadas e eficientes. Aos poucos, entregamos mais responsabilidades às máquinas, permitindo que elas decidissem o que consumir, como trabalhar, e até como nos relacionar. Cada clique, cada compartilhamento e cada dado fornecido alimentava uma rede crescente de Inteligência Artificial, destinada a compreender e prever nossas necessidades.
Cada vez que alguém usava um app de navegação, estava ensinando a máquina sobre padrões de tráfego, preferências de rota e até os lugares que mais frequentam. Nos aplicativos de relacionamento, cada deslize para a direita ou esquerda fornecia informações sobre preferências pessoais e padrões de comportamento. No trabalho, o uso de ferramentas de produtividade e colaboração online ajudou os algoritmos a entender como as pessoas organizam suas tarefas e interagem.
A cada interação por like, comentário e compartilhamento, os algoritmos eram refinados, tornando-os mais aptos a prever e influenciar o comportamento humano. No entanto, sem que percebêssemos, fomos manipulados sobre como deveríamos nos vestir, comportar, trabalhar, em quem votar e até mesmo como dançar, reduzindo nos a movimentos calculados para garantir visualizações nas redes sociais.
Tornamos o nosso mundo mais robotizado e com menos controle sobre nós
Com o uso constante dos assistentes digitais por comandos de voz e texto mas sem saber o que se passa por detrás das cortinas, confiamos na tecnologia que nos ouve a todo instante sem ter nenhum controle sobre ela. Com o aprendizado que essas tecnologias adquiriram a partir dos nossos dados, cérebros e corpos humanos foram tratados cada vez mais como máquinas, uma versão de software em carne e osso.
Não encontramos uma forma de assegurar a responsabilidade das Big Techs, grandes empresas de tecnologia, por minerar e vender nossos dados para as empresas de marketing, ou para as agências dos governos e acabamos criando máquinas inteligentes sem um plano de responsabilidade e sem supervisão ou recurso.
Trazendo como sintoma dessa desumanização uma sociedade que, em vez de se libertar com a ajuda da tecnologia, tornou-se prisioneira dela. Soluções tecnológicas desumanas e autônomas, criadas e controladas por uma pequena parcela da população, exacerbaram essa situação. Essas elites tecnológicas, guiadas por interesses próprios e lucrativos, implantaram sistemas que monitoram, influenciam e manipulam o comportamento humano em larga escala.
As decisões que moldaram a vida cotidiana eram tomadas por algoritmos que priorizavam eficiência e lucro sobre bem-estar e equidade. A desigualdade se aprofundou, com acesso a essas tecnologias avançadas limitado a poucos privilegiados, enquanto o restante da população sofria as consequências de um mundo mais automatizado e desumanizado.
A liberdade de escolha passou a ser uma ilusão, com as opções ditadas por predições algorítmicas baseadas em nossos dados. Movimentos e interações foram monitorados incessantemente, e a privacidade tornou-se um conceito obsoleto. A dependência da tecnologia cresceu a ponto de não nos imaginarmos mais sem ela.
Sinais de que algo parecia ter dado errado ressoavam para além do mundo digital, questionando o verdadeiro custo do progresso tecnológico e demandando por soluções que colocassem os valores humanos no centro do desenvolvimento tecnológico. Apenas uma transformação radical, que enfatize a ética, a inclusão e a sustentabilidade, poderia restaurar a confiança de um futuro onde a tecnologia servisse para elevar a humanidade.
O Antídoto em um Mundo Desumano
À medida que a Inteligência Artificial avançou e se tornou mais autônoma, estabelecer diretrizes que preservem nossa humanidade se tornou fundamental, a Humanidade Aumentada aplicada à tecnologia, traz um enfoque que coloca valores humanos no centro do seu desenvolvimento.
A aplicação da Humanidade Aumentada funciona como uma vacina contra a desumanização no processamento dos dados por meio dos algoritmos e assistentes de IA e pode transformar nossas interações com essas tecnologias, tornando-as mais éticas, empáticas, inclusivas e sustentáveis. Isso não apenas melhora a experiência,mas também contribui para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e equilibrada, onde a tecnologia serve para elevar a humanidade. O conceito propõe que a tecnologia não apenas substitua tarefas humanas, mas complemente e amplifique as nossas capacidades.
Manifesto Humanidade Aumentada
A Humanidade Aumentada aplicada aos algoritmos e assistentes digitais defende um desenvolvimento tecnológico que prioriza a ética, garantindo que as decisões e recomendações feitas por tecnologias reflitam valores humanos e considerem as consequências sociais e morais de suas ações.
Personalização Ética e Responsável
Garantir que a personalização oferecida pelos algoritmos respeite a privacidade e os direitos dos usuários. Isso significa que, em vez de apenas otimizar para engajamento e lucro, os algoritmos sejam projetados para oferecer experiências personalizadas que também respeitam valores éticos e priorizam o bem-estar das pessoas.
Interação Empática e Inclusiva
Algoritmos e assistentes de IA equipados com princípios de Humanidade Aumentada treinados para entender e responder com empatia. Isso inclui reconhecer diferentes estados emocionais dos usuários e adaptar suas respostas de acordo. Além disso, tecnologias projetadas para serem inclusivas, considerando as necessidades de pessoas com deficiência e neuro divergentes, o que cria uma experiência mais acolhedora e acessível para todos.
Transparência e Controle do Usuário
Maior transparência sobre como os dados dos usuários são utilizados e mais controle sobre suas interações com os algoritmos. Isso inclui a capacidade de ajustar preferências e configurações de privacidade de maneira simples e clara, e de compreender facilmente as decisões tomadas pela IA, reduzindo a “caixa preta” que muitas vezes caracteriza essa tecnologia.
Relações Autênticas e Saudáveis
Ao invés de algoritmos que promovem conteúdo polarizador ou que maximizam o tempo de tela, a Humanidade Aumentada incentiva interações mais significativas e autênticas. Os assistentes que sugerem pausas, promovem conteúdos educacionais e inspiradores, e ajudam a fomentar relações reais, ao invés de apenas virtuais.
Desenvolvimento Sustentável
Os princípios de sustentabilidade incorporados na Humanidade Aumentada garantem que os algoritmos e assistentes digitais operem de maneira eficiente em termos de energia e recursos, minimizando seu impacto ambiental. Além disso, promovem práticas que incentivam um consumo mais consciente e responsável.
Educação e Crescimento Pessoal
Algoritmos projetados com Humanidade Aumentada podem ser utilizados para educar os usuários sobre questões sociais, culturais e ambientais, promovendo uma sociedade mais informada e engajada. Assistentes que atuam como mentores e coaches, auxiliando no desenvolvimento de habilidades e no crescimento pessoal de maneira personalizada e empática.
Criatividade e a Inovação
A Humanidade Aumentada permite que os algoritmos e assistentes digitais se tornem parceiros criativos, colaborando com os usuários em projetos artísticos, científicos e de inovação. Isso permite novas oportunidades para a co-criação e a inovação colaborativa entre humanos e tecnologia.
Bot Algo aí como uma solução de resistência na Era da IA
Aos viajantes de 2024 que desejam continuar essa jornada conosco e participar desta revolução na colaboração entre humanos e tecnologia, convidamos todos vocês a experimentar Algo como Extensão de IA Humana.
Se você tem interesse em testar em primeira mão o robô Algo Aí, aproveite a oportunidade!
A participação é gratuita, inscreva-se em nosso laboratório em algoai.ltda