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Interrogando Eleutherio Netto

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Entrevistamos Eleutherio Netto, artista paranaense que abre hoje a exposição OUTROuniversoPOSSÍVEL na Diretriz Arte Contemporânea.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]

“Eu procuro a felicidade, paz e harmonia, e é através da arte que consigo chegar a este equilíbrio.”

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  • Como, onde, quando e por quê’.

 

Nasci em Ribeirão do Pinhal, minha mãe Professora dotada de talento artístico e meu pai Agropecuarista. Crescendo neste meio calmo do interior, trago um gosto muito grande pela natureza e a ação do tempo.

Saí de casa com 18 anos pra fazer minha primeira faculdade de Desenho Industrial em Londrina, depois fui pra São Paulo, onde permaneci 3 anos trabalhando numa agência de publicidade. Fui pra Itália fazer alguns cursos rápidos e depois de 6 meses cheguei em Curitiba, onde estou há quase 20 anos. Aqui me formei em Pintura na Belas Artes e  me entreguei a este universo por completo.

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  • Uma frase atribuída a Jean-Paul Sartre diz: “primeiro eu procuro, depois eu acho”. Você sabe o que procura?

 

Eu procuro a felicidade, paz e harmonia, e é através da arte que consigo chegar a este equilíbrio.

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  • Você costuma enxergar texturas em tudo dentro do seu dia-a-dia?

 

Sim, é meio automático, meus olhos estão sempre atentos e param quando vejo algo ligado ao meu trabalho.

 

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  • Conte-nos a respeito da sua série ‘Natureza Viva’.

 

É uma série de fotografias que tem como objetivo retratar a força da natureza colorindo através do tempo o que o homem constrói.

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  • Seu currículo nos conta que você teve períodos de estudo na Itália, dentro de diversas áreas. O que acontece com um paranaense quando ele vai estudar na Itália, e com que cabeça ele volta para o estado e para Curitiba?

 

É muito estimulante uma viagem de estudos, principalmente na Itália, um país riquíssimo em todas as áreas das artes. Voltei mais seguro e confiante nas escolhas que faço, tanto na área profissional quanto na pessoal.

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  • Conte um pouco sobre a sua produção em diferentes materiais. Para você, o que a escultura, a pintura e a fotografia têm de diferentes entre si, e o que têm de igual?

 

O processo de pesquisa é igual pra todos, a produção é diferente.  O resultado  pode ser igual ou similar. Tenho alguns trabalhos de fotografias, pinturas e decalques que se  confundem numa primeira olhada, depois é que você, com atenção, consegue ver que são diferentes. Já as esculturas se diferenciam pela tridimensionalidade.

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  • Fale sobre a sua queda, com câmera fotográfica e tudo, dentro de um canal em Veneza.

 

Estava em Veneza para registrar as águas através da fotografia e acabei caindo num dos canais com a máquina fotográfica quando buscava o melhor ângulo para retratar as primeiras luzes do dia sobre as águas. Refletindo sobre este acidente decidi que, ao invés de fotografar a água, eu faria pinturas utilizando-a como base, além das tintas e pigmentos naturais. Do acidente nasceu então uma série de pinturas que chamo de Canais, numa clara referência a Veneza, mas principalmente como homenagem à fotografia , que é uma entre tantos outros canais que utilizo como expressão de arte.

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  • Quais são os seus interesses na pesquisa dentro da área de Artes Visuais?

 

Minha investigação se concentra na captura de objetos comuns e no resultado inusitado a partir de elementos naturais.

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  • Quais são os seus interesses na pesquisa dentro da área de Artes Visuais?

 

Minha investigação se concentra na captura de objetos comuns e no resultado inusitado a partir de elementos naturais.

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  • Uma pergunta fácil agora: você é apegado às peças que vende?

 

Já fui, e muito, hoje não mais.

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  • Maiores influências, heróis?

 

Influências são muitas, o tempo todo, começando de onde nasci. Tenho também adoração por muitos artistas de diferentes épocas, mas não os vejo como heróis.

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  • Em que você está trabalhando agora? Quais são os projetos futuros?

 

Acabei de montar a exposição pra Galeria Diretriz Arte Contemporânea que se chama OUTROuniversoPOSSÍVEL e agora pretendo continuar pesquisando novos suportes e me aprofundar ainda mais na exploração de recursos naturais.

 

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  • Conte um pouco sobre a sua nova exposição “OUTROuniversoPOSSÍVEL”, na Diretriz Arte Contemporânea, em Curitiba. Quais as expectativas para essa mostra?

 

Nesta exposição tento mostrar as possibilidades de sobrevida de materiais descartados, como o livro, madeira, metais e outros, dando uma outra leitura a estes materiais, ou seja, um OUTROuniversoPOSSÍVEL.

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Conheça mais em: 

http://eleutherionetto.blogspot.com.br/

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Sobre a exposição:

O artista plástico Eleutherio Netto inaugura, nesta terça-feira (13/set), sua primeira exposição individual na galeria curitibana Diretriz Arte Contemporânea (piso L3 do Pátio Batel). Com curadoria de Julie Belfer, a mostra Outrouniversopossível vai até o dia 13 de novembro e traz um novo rumo no trajeto do artista.

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Vinicius F. Barth
Doutor em Estudos Literários pela UFPR. Tradutor das Argonáuticas de Apolônio de Rodes. Escritor e ilustrador. Autor do livro de contos 'Razões do agir de um bicho humano', (Confraria do Vento, 2015) e do livro de poemas e ilustrações '92 Receitas Para o Mesmo Molho Vinagrete' (Contravento Editorial, 2019). Ilustrador de Pripyat (Contravento Editorial, 2019). Estudante de saxofone.

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