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Experiências sensoriais de Babi Bertoldi

Para esta edição selecionamos o incrível trabalho de Babi Bertoldi, artista independente que fala sobre a sua trajetória e suas principais influências. Confira aqui o trabalho da jovem autora, apresentado por ela mesma.

 

Babi é uma artista independente recém formada pela escola de Fotografia & Mídia de Florença – Itália. O interesse pela arte surgiu após seu primeiro ano vivido na Dinamarca, aos 17 anos. O contato com a cultura nórdica revelou sua afinidade pelo expressionismo alemão e suas distorções, Ingmar Bergman foi sua primeira relação de interesse pelo cinema. Sabia-se que o cinema era como um sonho, em que nada faz muito sentido, porém nos apetece o desbravar do desconhecido, é aí que o espectador conecta sua memoria, e adéqua-se ao filme de acordo com a sua própria história. Quando retornou ao Brasil, decidiu então comprar uma câmera e iniciar seus pequenos projetos e ideias. Os primeiros passos foram convergidos para o cinema, com o seu projeto inicial ‘Wasted Hours’, pré-selecionado e exibido no Festival Internacional de Perugia – Itália. Logo em sequencia ainda desenvolvendo-se nas complexidades da pós-produção, Babi reintegrou as cenas restantes da gravação anterior, elaborando parte do seu primeiro experimento visual, ‘Side B’ que conquistou o terceiro lugar no festival Fronteiras Imaginarias – RJ.

Aquilo tudo então passava a progredir para além de uma ideia, agora a proposta era explorar a ingenuidade da mente e sua pureza, sem qualquer limite educacional.

 

 

‘All you need is salt water’ foi selecionado pelo projeto Gesamt, à cura do renomado diretor dinamarquês, Lars Von Trier, exibido em Copenhagen no mesmo ano.

Recentemente um de seus trabalhos, fundamentados no surrealismo de Luis Buñuel  que abrangem o inconsciente da mente humana, ‘’Blinded’’ tornou-se parte do festival nacional Movimento HotSpot. Concluindo então o primeiro ciclo de experiências cinematográficas.

Babi decidiu retomar seus estudos na Europa, em uma escola local de fotografia em Florença, Itália. Durante o mesmo ano, pedaços biográficos e imaginários se uniram, traduzindo-se em seu primeiro roteiro de longa-metragem, o que favoreceu a sua aproximação com diretores italianos, que colaboraram para realização do seu filme. A proposta reuniu atores que dispuseram-se a gravar sem cache, aderindo a proposta do poder do cinema independente. ‘’Esperamos que alguma produtora abrace nosso projeto. O futuro desse filme estará então, nas mãos de grandes festivais .’’  

 

 

Preservando a fotografia clássica, onde o preto e branco simbolizam o contraste entre as partes. O objetivo do trabalho é confrontar; o divino e suas religiões fanáticas, a beleza inocente e a exibição do corpo como reposição de caráter. Com esse contexto Babi direcionava-se à fotografia de nudez feminina. Nessa linha de trabalhos, ‘Pieta’,  baseia-se na obra de Michelangelo, com um intuito provocativo, a pureza feminina e a sua conotação sagrada, sendo a mulher a representação incorrupta e de beleza eterna.

‘’Pieta I, II’ ‘Lady’s High’ e ‘Breakwater’ são projetos que remetem a plenitude do corpo feminino e sua relação com a natureza envolta. A forma com que o corpo se comporta, adaptando-se as condições impostas.”

 

 

A jovem artista, ainda com muito sede de vida e arte, continua a explorar fragmentos visuais, sonoros, táteis e virtuais espalhados no mundo, transformando-os com muita sensibilidade em novas experiências sensoriais

 

 

Para entrar em contato com a artista:

Http://www.babibertoldi.com

Http://www.vimeo.com/babibertoldi

 

 

 

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