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Shaping You

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“Em “Shaping You“, a estátua de Vênus de Milo se torna objeto de inspiração e a partir desta escultura humanizada da beleza apresento 5 indivíduos que têm em comum o fato de que seus corpos já passaram por algum tipo de transformação.”

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         A beleza pode ser encontrada em estética, estilo, formas, expressão, postura, comportamento, mas o fato é que este valor é atribuído quando há uma idealização de satisfação, que depende do contexto histórico, social, religioso, político e/ou econômico. Portanto, há que se concluir que gostos e padrões de beleza variam muito.

 

         Desenvolvi o Projeto “Shaping You” em 2012, no intuito de dialogar através de imagens, as contradições dos aspectos morais e estéticos do conceito de beleza. Foi abordado durante a sua realização um extenso questionamento sobre seus padrões e seus aspectos construtivos que se tornam únicos, pessoais e intransferíveis.

 

          Em 1602, a Igreja Católica Romana pediu ao pintor Caravaggio para pintar São Mateus com um anjo acima dele. Caravaggio pintou este Santo descalço, com uma grande barba, vestindo roupas simples, da mesma forma como ele o era na realidade. A igreja rejeitou a pintura alegando que era uma blasfêmia e que Caravaggio havia desrespeitado suas diretrizes. Assim, o artista pintou uma nova obra como o haviam pedido, um “limpo” e “mais apropriado” St. Mateus.

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         Nos tempos primitivos, a sobrevivência da espécie era o que mais importava, então a beleza foi intrinsecamente ligada à fertilidade, à força e à saúde. Uma mulher bonita era aquela cujo corpo poderia prover melhores condições de procriação.

 

         Os fundamentos de nossa cultura, como todos sabem, derivam dos gregos e das civilizações da Mesopotâmia, onde já havia indícios da manifestação da vaidade. As obras de arte da época do renascimento eram “apolíneas” e a simetria foi muito valorizada. Na Grécia antiga, as mulheres eram comumente representadas nas esculturas por quadris largos e seios fartos, o que seria naquele tempo, o perfil de uma mulher mais desejável e bela. 

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         Interessante notar que nossas histórias da infância são contos de fadas sobre belas e boas princesas e também sobre vilões que são sempre feios e malvados. Com o tempo assimilamos esses significados naturalmente em nossas vidas. 

 

 

 

         A partir destas observações, há que se convir que como a maioria de todos os conceitos formados pela sociedade, o significado de beleza também possui suas contradições e é exatamente sobre isso que dialogo neste projeto. Os aspectos estéticos podem contradizer os aspectos morais. Às vezes, o interior não é tão “bonito” como o exterior. Estes conceitos podem mudar à medida que a sociedade se desenvolve. Ao determinamos nossa leitura visual e atribuímos significados às palavras, nos tornamos responsáveis pela forma como as coisas ou pessoas podem ser interpretadas. 

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         As interpretações acerca dos conceitos de feiura e beleza podem ser analisadas sob alguns prismas. Na política há a intenção em manipular por submissão e definir um ato como fora das normas legais, ou como um comportamento incomum e portanto, feio é parte de uma estratégia de controle que se burlada, pode punir com o isolamento ou com a marginalização física e mental. A atribuição do significado de feiura pode ser usada para provocar, ainda, o sentimento de autopunição. Nosso conceito de beleza é afetado pela maneira como as pessoas são convencionadas na sociedade e a beleza vende.

 

         Em “Shaping You“, a estátua de Vênus de Milo se torna objeto de inspiração e a partir desta escultura humanizada da beleza apresento 5 indivíduos que têm em comum o fato de que seus corpos já passaram por algum tipo de transformação. Desde uma tatuagem, até a mudança de sexo, ou de ter parte de seu corpo paralisado. Assim como as estátuas, com o tempo o corpo humano muda, experimenta a vida e a vida os molda. Acredito que o belo mora ai. E você? Como se sente em relação à si mesmo e com os outros ao seu redor? É possível moldar julgamentos?

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SOBRE A ARTISTA:

 

          Nascida em Belo Horizonte, no ano 1987, Giovanna Lanna é Bacharel em Cinema e Mestre em Fine Arts Photography pela New York Film Academy. A artista já teve seu trabalho exibido em festivais internacionais como o “La Art Walk” (Los Angeles) e o “Crosstalk Video Art Festival” (Budapeste), além de expor em galerias nacionais e internacionais em cidades como Londres, Los Angeles, Nova York, entre outras. Teve alguns projetos selecionados e publicados nos livros: “Artists Wanted: Exposure book” (2012) e “International Contemporary Artists”, Vol. VI (2013) e em revistas como: ”Pura” (2010), “E-Vista” (2013) e “Twent” (2013). Fundou em 2013 a primeira galeria de arte contemporânea da cidade de Ouro Preto, MG, a Inverso Arte Contemporânea. Atualmente vive e trabalha no Rio de Janeiro onde possui ateliê no centro cultural da Fabrica Bhering. 

 

         Seus trabalhos são compostos por técnicas mistas de fotografia analógica experimental e digital, colagem, pintura corporal, vídeo art e instalações. Através de profundas pesquisas conceituais relacionadas principalmente à política, cultura e às relações sociais, Giovanna compõe e fundamenta constantes críticas condensadas pelo viés da semiótica. 

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www.giovannalanna.com

contato@inversogaleria.com

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Ei, artista! Você mesmo! Estamos procurando gente nova! Esse espaço é destinado a divulgar o trabalho dos novos nomes das artes, seja em música, artes visuais, literatura, o que for. Se você tem uma produção para mostrar ao mundo e quer estrelar uma de nossas edições, entre em contato conosco em contato@rnottmagazine.com

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