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Gordoletters e a caligrafia abstracta

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“Esta caligrafia, que tem influências na arte japonesa e árabe, sobretudo na caligrafia tradicional japonesa, antiga, tradicional e filosófica, é um elogio à linguagem milenar do papel, pincel e tinta.”

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             Comecei novo a fazer graffiti nas ruas e a apreciar arte do lettering. Gostava, acima de tudo, de desenhar a letra. Desde aí (estávamos na década de noventa), que trabalho a letra de forma quase obcecada, interpretando-a e reinterpretando-a num exercício fluído de repetição em larga escala. Aos 23 anos, durante um período de reflexão interior sobre aquilo que me move, surgiu a tatuagem e, de forma não intencionada, comecei a tatuar e a praticar caligrafia na tatuagem. Hoje, com 31 anos, sou um tatuador on the road especializado em escrita. 

 

             Naturalmente, aconteceu a letra elevar-se para outro plano. Brincando com ela, desenvolvendo-a, moldando-me aos seus altos e baixos. E é aqui que nasce um alfabeto novo. Único. Uma forma de arte com qualidades abstractas a que eu chamo de caligrafia abstracta.

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             O seu conceito é multidisciplinar e inclusivo, unindo a percepção visual e a concepção definida. É mais do que um estilo selvagem. Fala sobre movimento. Sobre a criação através da performance, da abstração gestual que envolve directamente o meu próprio alcance, a energia e o movimento físico. 

 

             Esta caligrafia, que tem influências na arte japonesa e árabe, sobretudo na caligrafia tradicional japonesa, antiga, tradicional e filosófica, é um elogio à linguagem milenar do papel, pincel e tinta. 

 

             Ao longo dos anos, a minha prática artística tem sido altamente experimental. O abstracionismo expressa os meus sentidos e as minhas emoções espirituais. Gosto de pintar com escalas grandes, na parede, em tela ou no papel de arroz, e de experimentar técnicas diferentes, como a descoloração, a pintura por camadas, entre outras. Procuro manter uma metodologia de trabalho extremamente organizada, investigando diária e permanentemente novas formas de representação abstracta. Simultaneamente, construo os meus próprios instrumentos de pintura e identifico os meus trabalhos com um carimbo feito à mão com a letra “g”, a vermelho, também à imagem da caligrafia tradicional japonesa.

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             As composições são essencialmente monocromáticas. Elas expressam a dualidade do preto e do branco, dois opostos que fazem parte de um processo só. As minhas primeiras colecções de pintura, intituladas “NKYI” e “Consciousness”, foram exibidas em Lisboa, no Porto e em Braga, o que me enche de orgulho. Expus também o meu trabalho em Berlim e participei em live performances em Genebra. “Lucy” é a colecção mais recente. Ainda inacabada, é trabalhada maioritariamente sobre o papel de arroz a tinta da china. 

 

             Considero-me um artista curioso e impulsivo, que não quer ser associado a uma só expressão artística. Paralelamente à pintura, interessa-me a joalharia, a serralharia, a carpintaria. Tudo o que envolva trabalho manual e sujar as mãos. É assim que me sinto bem. Além da gravação de tábuas de skate, da gravação de vidro em colaboração com o projecto botânico waterplants, encontro-me focado na construção de máquinas de tatuar que devo começar a comercializar em breve apenas para profissionais.

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             Enquanto tatuador, trabalho sobretudo em estúdios de tatuagem europeus e privados, mas pretendo começar a viajar mais para o Brasil, Austrália e Estados Unidos nos próximos anos. Assuntos como a astrologia e o ocultismo influenciam as minhas composições e, cada vez mais, estou afastado da caligrafia tradicional e mais próximo do black work em peças/manchas de grande dimensão. O meu cliente dá-me cada vez mais liberdade de criação e total controlo da peça. Penso que este é o sonho de qualquer tatuador. Sinto-me grato por todos aqueles que se cruzaram no meu caminho e que contribuíram para o desenvolvimento do meu trabalho.

Site oficial: http://cargocollective.com/gordoletters

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