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Baillistas

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Imagem: Serie 1 – ensaio sobre o caos 1

[/vc_column_text][vc_column_text]Conheça o fantástico trabalho do grupo Baillistas, um coletivo que une artes plásticas, fotografia, dança, vídeo, figurino, e uma imensa sensibilidade que trata do que é viver e se descobrir dentro da metrópole de São Paulo.


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“Fotografia de dança ou dança fotografada? Sinceramente, nenhum dos dois se aplica ao objetivo do coletivo uma vez que cada uma das linguagens tem características tão próprias, mas elas duas se transformam nas ferramentas com as quais construímos uma nova maneira de conversar os temas que nos são propostos pela observação e experiências da vida nesta metrópole.”

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]A maneira de descrever um coletivo de artes visuais formado por um artista plástico, uma socióloga, um coreógrafo e uma fotógrafa (além dos outros 40 artistas envolvidos entre bailarinos, maquiadora, videomakers, músicos e figurinistas) é um tanto peculiar e talvez de difícil definição. Usualmente nos chamamos de coletivo de artes visuais, pois é uma caixinha onde podemos nos colocar uma vez que a nossa produção até hoje culminou em 5 séries fotográficas, cada qual com o seu vídeo mostrando o por trás das cenas do trabalho. Porém o processo que nos leva ao produto final poderia ser descrito como uma globalização de linguagens ensaiadas sobre um mesmo tema, o viver em São Paulo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]

Fotografia de dança ou dança fotografada? Sinceramente, nenhum dos dois se aplica ao objetivo do coletivo uma vez que cada uma das linguagens tem características tão próprias, mas elas duas se transformam nas ferramentas com as quais construímos uma nova maneira de conversar os temas que nos são propostos pela observação e experiências da vida nesta metrópole.

 

 

A dança tem característica muito próprias de linguagem, envolve necessariamente o movimento, a expressão, o som, e nada é mais tocante do que assistir um bailarino se desenvolvendo e se expressando ao vivo, numa proximidade em que se pode ouvir os seus passos e o ruído intenso da sua respiração. Ritmo, esforço muitas vezes descomunal, para dançar é necessária extrema presença, um ser e estar por inteiro.

[/vc_column_text][vc_gallery type=”image_grid” images=”5202,5201″ img_size=”full”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]A fotografia por sua vez, silenciosa e paciente, na maioria das vezes chega a excluir o próprio fotógrafo. É exposta nas paredes das galerias convidando um observador à sua história mas “cuidado”, ela diz, “não chegue tão perto, não temos intimidade para isto”, e acaba por manter sempre uma distância exata, mantendo o observador na sua posição muito bem definida de observador. Ela é sempre um pouco verdade é um pouco mentira, e isso é que mais nos atrai nesta forma de linguagem, ela pode mostrar o que vemos além do que enxergamos apenas com os olhos. As possibilidades criativas são imensas, mas e se pudéssemos trazer ritmo, som e intensidade da dança para esta meia-mentira, meia-verdade?

 

 

Quando trabalhamos como coletivo somos quatro formas de linguagem conversando, cada qual trazendo uma maneira peculiar de expressão. Conceitos são transformados em histórias que criam vida nos corpos dos bailarinos, somando suas versões de cada uma delas. Na avenida Paulista, coração de São Paulo, a marca da rotina dos corpos contemporâneos, a sua desconstrução e a massa que nos move marcou um encontro entre poesia e realidade, fotografia e performance. Pessoas passantes observavam naquela faixa de pedestres e fizeram parte integrante da obra.[/vc_column_text][vc_gallery type=”image_grid” images=”5200,5199,5198″ img_size=”full”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Em um segundo momento o grupo abraçou a ideia da conversa sobre a inércia, o não mover, o não sentir e o não ver. As margens do rio Tietê se transformaram em palco para a nossa história que no início fora abstrata e, no momento em que o odor do rio já não parecia mais chegar às nossas narinas, ganhou vida numa tentativa de transformar um local esquecido pelas milhares de pessoas que passam ali diariamente em um cenário surreal e interessante, com peculiaridades que apenas quem observa atentamente e de perto é capaz de perceber.

 

 

Pensar a solidão foi o terceiro trabalho do grupo. Como pensar a solidão sem um viés julgativo mas sim crítico e sentimental era o tema das discussões que acontecem entre o quarteto antes de envolver toda a equipe. O local escolhido foi decisivo para a escolha do tema; a Vila Zélia há tempos vive a solidão de um lugar preso em sua própria história, porém se transforma a cada dia em que prédios são deteriorados, árvores crescem e suas raízes tomam o lugar do pavimento criando uma beleza sem igual.

 

 

[/vc_column_text][vc_gallery type=”image_grid” images=”5197,5196,5195″ img_size=”full”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]A próxima locação também traria o tema do trabalho de número 4. Um casarão, fechado, prestes a ser reformado e transformado. Um tapume rodeava seus limites, deixando o seu exterior distante. Pensamos então as relações impermeáveis, os limites do ser humano e a sua própria maneira de se manter distante, de se manter só e da nossa evolução sobre os limites dos relacionamentos uma vez perenes.

 

 

A última locação que nos chamou à trabalhar foi o Minhocão. Uma grande questão nos interessou desde o começo: para onde foram as memórias que a construção dessa via elevada cobriu? Uma série de pensamentos sobre tempo e memória tomaram frente da criação dos personagens e suas interações desta vez.  Diferente dos dois últimos trabalhos, neste voltamos a estar junto ao público passante, o tom de performance trouxe ao processo a característica viva do trabalho mais uma vez. Poder transformar o local que trabalhamos, mesmo que durante um breve momento, é uma característica intrínseca é muito importante do nosso trabalho.

[/vc_column_text][vc_gallery type=”image_grid” images=”5194,5193,5192″ img_size=”full”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Este pensamento nos traz uma curiosidade na busca pela nova linguagem que pretendemos desenvolver a cada pesquisa, a cada nova produção. No momento, após cinco séries fotográficas, o plano maior do grupo é pesquisar o uso de mídias conjuntas para que a experiência do público fique cada vez mais presente no trabalho. Sem a distância estabelecida pela fotografia na parede, mas como um convite para assistir a obra um pouco mais de perto e, por que não, talvez interagir com ela.

 

 

Baillistas

www.baillistas.com[/vc_column_text][vc_gallery type=”image_grid” images=”5191,5190″ img_size=”full”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]♦ Piercarlo; artista plástico formado pela FPA em 2009, trabalha em diversas plataformas incluindo direção de arte para cinema, tem participação no curta “Sou Minha” selecionado para o Festival de Cannes de 2015.

 

 

♦ Debora Gepp: bailarina e socióloga formada pela Universidade Federal de São Paulo, 2014.

 

 

♦ Laís Aranha: fotógrafa e diretora de arte, formada em Comunicação Social pela ESPM SP em 2008, teve passagens pela School of Visual Arts e New York University em NY 2011.

 

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♦ Jorge Bascuñan: coreógrafo formado em Ed. Física pela FMU em 2010, é fundador, diretor e coreógrafo da Companhia Ìdrima de Dança Contemporânea que se apresenta em diversos teatros de SP.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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